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Mario Feres em Paris. O músico Rubinho Antunes relata o encontro.


Em 6 de Abril de 2011 eu recebi um e-mail do Ribinho Antunes com essa foto anexada: Mario Feres, Simone Guimarães e ele. Segue o texto na íntegra de um músico de Santa Rosa de Viterbo que conheceu o Mario Feres casualmente, num intercâmbio cultural entre o Brasil e a França ocorrido em 2004.

Meu nome é Rubinho Antunes. Sou amigo do Mario. Já toquei com ele varias vezes em Ribeirão e fizemos juntos um trabalho em Paris com a Simone Guimarães, no ano do Brasil na França. Tenho essa foto em que estamos no camarim e fica ai o registro.
Esse trabalho que fizemos em Paris foi uma continuação de uma série de Shows que fizemos com a Simone no projeto Pixinguinha, em 2004. Algumas caravanas do Pixinguinha Foram pra Paris por ocasião do Ano do Brasil na França. E foi muito legal. Conheci o Mario pessoalmente na verdade nesse trabalho, em 2004. Lembro dele chegando pro ensaio atrasado, ainda com o fone de ouvido de avião em volta do pescoço e pensei comigo: " Que cara maluco!!!"

Mas depois do 3º acorde fui ficando cada vez mais encantado com a musicalidade desse cabra.
Então fomos pra Turné, Norte e centro Oeste. Foram 8 shows em 16 dias. Correria. E uma coisa que eu não me esqueço era a quantidade de piadas que se contava entre os músicos. O Mario e o baterista do Grupo, o Limão, de BH, lideravam as seções. E não repetiram nenhuma piada em 16 dias!!!
Eu dividia quarto com o Mario e me lembro dele já na primeira noite, em Brasília, eu dormindo e ele assistindo um programa de TV, de comédia, achando muita graça, e eu querendo dormir. Mas acho que ele não se conformava de eu não querer assistir o programa e ficava me acordando pra eu rir do programa.
Outra coisa marcante era o fato de ele, mesmo nos não sendo amigos de longa data, apesar que nem sendo amigo de longa data da pra fazer isso, ia no banheiro e ficava de porta aberta pra ficar conversando comigo, e eu falava: "Fecha a porta". Que cena grotesca. Aquele ArMario prognata sentado ao trono com a porta aberta e do meu lado!!! hahahah. O Mario era demais.

Tem uma ótima também. Isso foi bem antes, por volta de 96. Eu começando a estudar pra me tornar profissional, estava no ensaio da banda de Santa Rosa e aparece o Mario no ensaio pra ver como funcionava o esquema la, por que ele ia formar uma banda parecida, não sei se em Batatais ou Brodowsk.
E eu já conhecia a fama dele; por causa do primeiro disco da Simone. E falei pro meu pai " Tem um cara de Ribeirão aqui na cidade, vamos correr atrás dele pois eu quero fazer aula de harmonia com ele!" Meu pai pegou o carro em disparada e corremos atrás do Mario. Alguém tava dirigindo pra ele uma Parati Branca, se não me engano. Meu Pai emparelhou o carro com o dele e falou:
--- Meu filho quer fazer aula com você.
Mas ele não deu muita bola e acabou não acontecendo. Só que mais tarde eu ficava jogando na cara dele que ele não quis me dar aulas, que eu poderia ter virado um super compositor por ter sido aluno dele, mas ele havia me Ignorado, de brincadeira, claro. E ele dizia " Não Rubicaozinho (ele me chamava assim), eu não lembro disso, não era eu”.

Também toquei algumas vezes com o Mario no Cipreste, com a big band. Vinha de São Paulo pelo prazer de tocar com ele. Às vezes ele encaixava alguma gravação pra melhorar a grana, mas vim varias vezes pelo prazer de tocar com ele. Marcelão, Briga, Wanderley, Duda, toda essa galera de Ribeirão, a maioria eu conheci através do Mario e do Marcelo. E a noite não tinha fim. Acabava o show eu ia dormir na casa dele. Ficávamos conversando ate de manhã.
A primeira vez que fui na casa nova ele ficou me mostrando o cano que vinha da sala de TV em cima pra sala debaixo. As 4 da manhã, a Vania dormindo e ele fazendo a maior festa! Figura pra caramba!!!
To escrevendo isso tudo aqui e pra mim é como se nada tivesse acontecido pois não acompanhei de perto o processo da doença, só por noticias através do Marcelo. Então pra mim é como se ele estivesse por aqui.
Sentiremos todos muito sua falta e acho que essa idéia do Blog é super legal para conhecermos mais historias do Mario. E como deve ter historia por ai.
Um grande abraço
Rubinho

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