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Diário de Marilia entrevista Feis Feres, o pai do Mario Feres.

Em 28 de setembro de 2008 o Diário de Marília publicou:

Feis Féres, uma vida em cima dos palcos.
A música tem história em Marília e principalmente sinônimo: Feis Féres....

Vadinho Doreto
A música tem história em Marília e principalmente sinônimo: Feis Féres. Isso mesmo, esse senhor que vai completar 80 anos em fevereiro passou meio século de vida em cima dos palcos brasileiros, talvez espiritualizado por Miguel de Unamuno Jugo, escritor, poeta e filósofo espanhol, que no final do século 19 proferiu: "Entre as graças que devemos à bondade de Deus, uma das maiores é a música. A música é tal qual como a recebemos: numa alma pura, qualquer música suscita sentimentos de pureza". Assim é Feis Féres, uma mescla de dedicação, amor e talento. Fortuna com a música? Nem pensar. Ele animou tantos bailes apenas pelo prazer de vivenciar essa imensurável paixão, um dom que os filhos herdaram e dividiram o deleite com o público até 1998, quando a ribalta se apagou nos derradeiros acordes da banda Transa Som. Essa intimidade de Féres com a música começou em grande estilo no ano de 1948, com o grupo Bambas do Ritmo, que abriu show do comediante Oscarito no extinto cine São Luís. E a trajetória nunca desafinou, embalando gerações num universo de viagens, improvisos, glamour, calotes, e outros ingredientes inevitáveis nessa profissão.

Filho dos libaneses Uenis Féres e Maria, Feis e seus irmãos – José, Sofia, Marta, Nely, Nancy e João – nasceram na cidade de Gavião Peixoto, região de Araraquara. Quatro anos após a morte do pai, em 1939, sua mãe mudou-se para Marília com os filhos ainda menores (exceto o primogênito José). Apesar das parcas economias, Maria alugou a casa de número 60 na rua Bandeirantes e conseguir adquirir um empório na rua 9 de Julho esquina com a 4 de Abril. Depois, o trabalho passou a ser a marca registrada dessa família. Feis Féres foi casado com Maria Zilda Fontoura Camargo (falecida em 14/2/1987) com quem teve quatro filhos: Feis Féres Júnior (falecido em 25/10/2006); Ana Maria, Omar e Mário. Tem oito netos e no mês que vem, quem chega é Beatriz, a primeira bisneta.
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Diário de Marília – Onde o senhor passou a infância e iniciou os estudos?
Feis Féres – Foi em Gavião Peixoto e Araraquara. Futebol no campinho, "garrafão" e pique-salvo eram as diversões preferidas da garotada. Quando vim para Marília continuei os estudos no Ginásio Municipal e na Escola de Comércio do Senac, com a professora Minie Povoas. Cheguei a cursar até o 2º ano de Direito na Fundação "Eurípides Soares da Rocha". Não pude continuar devido aos compromissos com a música.
Diário – O senhor foi namorador na juventude?
Feis – Mais ou menos, gostava de freqüentar o footing na avenida Sampaio Vidal, o Cine Marília, Tênis Clube e Alfaiates.
Diário - Como conheceu a Maria Zilda?
Feis – Ela foi mais um presente que a música me deu. Eu tinha 25 anos e estava com os amigos numa brincadeira dançante num salão da avenida Sampaio Vidal, em cima do Bar Avenida. De repente notei uma garota sozinha na sacada do prédio e logo puxei assunto. Eu tinha uma orquestra à época e naquela noite iríamos nos apresentar no Clube dos Alfaiates. Convidei-a para o show e ela aceitou. Aí começamos a namorar. Era aquele namoro bem sério, de pegar só na mão e olha lá... Casamo-nos em julho de 1956 na Igreja Santo Antônio.
Diário – Onde foi seu primeiro emprego?
Feis – Foi na casa de tecido Mina de Retalhos, no centro da cidade. Depois ingressei no banco Noroeste como contínuo até chegar a chefe de seção. Quando iria ser promovido, pedi demissão, pois fui trabalhar no bar e restaurante da rodoviária que minha mãe havia comprado, na Armando Sales de Oliveira, hoje estacionamento do Torra-Torra. Pouco tempo depois, em 1960, abri a loja Tenda do Pai Thomaz, na mesma rua, onde mantenho o comércio até hoje. Leia mais

Um comentário:

  1. Caramba Mário, volta. Não era a sua hora.

    Você ainda tem muito o que fazer por aqui.

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